É o tema quente deste inverno frio. Quem lucrou mais com o negócio das transmissões televisivas. Benfica anuncia 400M. Porto anuncia 457M. Sporting anuncia 515M que afinal são 446M. Nos últimos dias, tudo se resumiu a quem tem a pila maior.
Sobre os acordos propriamente ditos, acho que já estão mais do que explicados. Saltemos portanto esta parte.
O meu reparo vai apenas para a forma como as noticias foram sendo transmitidas pelos clubes, de forma a marcar uma posição de grandeza no nosso pequeno mercado. Lá está, mostrar a pila orgulhosamente dizendo, "olhem como é grande, muito maior que a tua".
Benfica. Anuncia acordo com a NOS por uns fantásticos 400M a 10 anos. Monta-se um circo mediático no relvado da Luz para demonstrar a grandeza do clube nos números apresentados. Como se fosse preciso provar alguma coisa.
Porto. Anuncia 457M com plataforma concorrente à NOS, a MEO, pertença da Altice. Fantástico. No entanto, venderam a casa toda para mostrar um número maior que o do rival vermelho.
Sporting. Bomba de abertura dos jornais da tarde, Sporting chega a acordo por 515M a 10 anos. Mas recuemos. No dia que o Porto anunciou os 457M, Bruno de Carvalho veio a público dizer, que mais importante que mostrar o maior número, era fazer o melhor negócio. Concordo, afinal, o Porto vendeu a casa toda. O que eu não esperava, é que depois desta crítica, Bruno de Carvalho viesse apresentar 515M, vendendo também ele a casa toda, por mais tempo em alguns pontos, e misturando 2 negócios distintos, só para mostrar o melhor número, deixando de importar o negócio. Afinal, importante para ele, é também o tamanho da pila.
Nesta competição de pilas, o Sporting faz-me lembrar o gajo de pila pequena, que depois de fazer a depilação dos pelos púbicos, olha orgulhosamente o espelho contemplando-a e dizendo, "heish... como ela é grande". No fundo ele sabe que continua pequena, mas aquela sensação... ai aquela sensação ninguém lha tira!
PS: Como Açoriano, peço aos meus conterrâneos para substituir no texto, "pila" por "blica".