sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Jorge Jesus, a PSP, Cardozo e os Super Adeptos Benfiquistas.

O Benfica está uma enorme confusão. Saímos de uma, ou melhor, estamos a sair de uma, e logo entramos noutra. Não temos descanso. Estes Benfiquistas tem de ser de ferro, ou de adamantium, ou ainda de um outro qualquer material trazido por um alienígena. Se o objectivo desta direcção é fazer-nos mais fortes, tenho de lhes dar os meus parabéns. Mais meia dúzia de casos, e fico imune a tudo.

Depois de tudo que se passou na época passada, era por demais evidente que o início desta nova época seria duro. Nunca pensei é que fosse tão duro. Não é só o descrédito na equipa depois de perder 3 finais em 2 semanas. São as marteladas que acompanham essa dor.

Cardozo. Aquilo que deveria ter sido resolvido no final da época passada, foi arrastado para o início desta. Óbvio que contavam vender Cardozo. Mais que óbvio que falharam na venda. E ultrapassa o óbvio, que numa estrutura profissional se deve pensar em todos os cenários. Mas isso não aconteceu, e lá tivemos de integrar o Cardozo de forma atabalhoada e pouco normal.

Os adeptos não estavam com o Jesus. E mais importante, parece-me que os jogadores também não estavam com ele. Esses, os jogadores, estavam com Cardozo, e notava-se que queriam a reintegração deste. Jesus estava sozinho. Ou pelo menos eu sentia isso. E olhando para os factos, acho que Jesus também o sentia. A forma rápida como tentou reintegrar Cardozo explica-o. Em Alvalade, depois de todas aquelas lesões (mais uma prova que os adeptos Benfiquistas tem de ser de material especial), e quando a melhor substituição, não era a entrada de Cardozo, eis que Jesus arrisca. Precisava de arriscar. Precisava de um jogo de impacto para lançar Cardozo. Penso que neste momento Jesus começou a ganhar novamente alguma confiança, quer dos adeptos, quer dos jogadores. Depois desse jogo, mais uns quantos com Cardozo em campo, mais ia Jesus sarando as feridas. Mas tudo está longe de estar bem. Falta ainda o mais importante no Benfica, e Jesus sabe disso. Faltam os adeptos.

Domingo passado assistimos a uma tentativa (mal orquestrada mas bem conseguida) de aproximação aos Benfiquistas. Jesus colocou-se do lado dos adeptos. Mas como é Jesus, exagerou. Ultrapassou os limites. Não o fez por maldade, e muito menos com noção das coisas. É por isso, que apesar de ver que errou, crítico mas não condeno. Mas mais uma vez, são os Benfiquistas que levam com todo este circo mediático em que o caso se tornou. Por outras palavras, mais porrada. Como disse acima, ainda nem saímos de uma, já entramos noutra. É duro ser Benfiquista. Ganhe-se na aproximação dos adeptos ao treinador. Que não se perca tudo. Que a direção saiba controlar o caso - e eu começo a duvidar disso - usando-o para unir os Benfiquistas em torno da equipa e treinador.

Deste caso de polícia, e da minha parte, Jesus já está perdoado, mas só deste caso, que não esqueço o casmurro que é. Eu compreendi a intenção. Eu não vi maldade no acto. Eu vi a tentativa do que tentou ser, e isso basta-me. Jesus pensou no melhor, mas na sua ignorância… falhou. E tudo isso me faz lembrar uma anedota:

Um alemão, um inglês e um Português foram presos como espiões assim que se deu uma revolução no país em que estavam a passar férias. Presos em celas super reforçadas, com os pés acorrentados àquela tradicional bola de ferro, aguardavam a hora de ser fuzilados. Não havia como escapar.
Mas o alemão pensou num plano para fugir na hora da execução.
— Preparar... apontar... — Começou o comandante, dando ordens ao pelotão de fuzilamento.
— Terramoto!! — Gritou o alemão.
E foi aquela correria. Na confusão, livre da corrente, que ele escapou.
Em seguida, foi a vez do inglês.
Assim que o oficial começou, "Preparar... apontar...", ele gritou:
— Maremoto!!! — e mais uma vez todo mundo a tentar escapar, sem se lembrarem sequer, que o país não tinha saída para o mar, ele fugiu. 
Chegada a vez do Português, ele pensou que a sua salvação passava por ameaçar com alguma tragédia de grandes proporções, e ficou à espera tranquilamente a sua vez. Quando o comandante do pelotão deu a ordem de "Preparar...apontar...", o português gritou:
— Fogo!!!

Jesus apenas gritou "fogo" na hora de escapar.




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