Na vida, é normal dizer-se que o importante é a família. É a família que nos preenche. São eles que quando se vão, nos fazem sentir como se o apocalipse fosse ali, já ao virar da esquina. Nada mais correcto. É a família que importa. É o amor à família que verdadeiramente conta.
Mas a vida não é só família. Existem amores supérfluos que a complementam. Vida essa que não teria piada sem esses amores e coisas supérfluas. O futebol, e é disto que se trata este blog, é supérfluo. Amar um clube também o é, mas complementa. É um estado de espirito. Um vício.
Domingo à noite estava chateado. O meu Benfica não ganhou. Pior, perdeu pontos em Braga. É fácil perceber, que cada vez mais, é difícil engolir uma derrota contra os minhotos (contra eles, qualquer empate é derrota). São as coisas supérfluas da vida. Eu sei. É um amor estúpido este meu? Provavelmente. Não existe cura, ou se existe, eu não a quero. Amar o Benfica é isso mesmo, a idiotice mais bonita desta vida. Complementa-me.
Contudo eu sei, ou acho que sei, situar o supérfluo da minha vida. Com o Benfica grito de alegria. Choro de tristeza. Irrito-me com eles. Com os amigos discuto irracionalmente da forma mais racional que me é possível. Irrito-me com eles e, eles irritam-se comigo. Provoco-os e, sou provocado. Mas sei que no final, nada disso importa. A amizade continua. Essa sim importa. Pois para a semana há mais.
Não se ofendam com as minhas palavras. Não levem a peito as minhas brincadeiras. Riam e desfrutem o bom humor. Aprendam a situar o vosso lado supérfluo da vida.
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