segunda-feira, 15 de abril de 2013

O cão que mordeu o dono

Era um rafeiro. Nasceu em 2003, e logo foi adotado pelo encantador de cães. Engane-se quem pensar que gosta de amimais. Não gosta. Serve-se deles. Para ele, todo cão, regra geral "rafeiro", é o melhor amigo do homem, até um dia. Ao encantador de cães vale tudo, e tudo é permitido. Ele adota o "bichinho", ainda cachorro, e treina-o se nele encontrar potencial. É o chamado "treino de guarda", por muitos conhecido como "treino de ataque". O método, esse, não é o mais correto, pois não se quer simplesmente um cão de guarda, o que trás repercussões futuras. O objectivo é simples. Atacar o inimigo. Lançar a fera a quem se coloca no caminho do encantador de cães. E resulta. Resulta muito bem. Mas um dia, de tanto treino incorreto  o cão rosna ao encantador. Às vezes morde. São ossos do oficio. O encantador de cães sabe disso, e corre o risco. É mordido uma vez. Consente. Sabe que com cuidado, o "rafeiro" lhe poderá servir. Uma simples mordedura não atira um projecto ao chão. O problema, é que o cão ganha o gosto pelo ataque. Ainda há uma semana atrás, o rafeiro mostrou os dentes. Rosnou imenso, e um ataque feroz esteve iminente. Mais 10 minutos a atacava o encantador de cães, que mais uma vez conseguiu conter os estragos. Mas neste passado fim-de-semana não. O "rafeiro" rosnou e lançou-se num ataque impulsivo ao encantador de cães. Mordeu forte, e deixou o encantador em muito mau estado. Espera-se agora a sentença. Vamos esperar e ver, se o rafeiro foge ao dono e ganha liberdade, ou se segue para abate. O futuro o dirá. 

Sem comentários: