quarta-feira, 29 de maio de 2013

Jorge Jesus

Já foi o meu preferido. Já mereceu de mim uma segunda oportunidade. Já fui critico e desejei a sua saída. Já voltei atrás e mudei de opinião, achando que merecia mais uma oportunidade. Estas foram as minhas sensações, ao longo das 4 épocas, e respectivamente por esta ordem. 

Hoje, que para mim já é a 5º época, não sei. Não sei mesmo. Não consigo opinar de forma lúcida. Quando olho para trás, e vejo inconstância na minha opinião sobre Jesus, tenho de considerar a hipótese de estar a ser tomado de assalto pelo impulso. Eu tenho justificações para as minhas mudanças de opinião, e considero-as bem fundamentadas, mas mesmo assim não posso deixar de colocar a hipótese de estar a ser manipulado pelas emoções. No entanto, não é só isso que me leva a ter dúvidas. É mesmo o facto de conseguir encontrar pontos positivos na sua continuidade, e pontos positivos na sua saída, e não saber mesmo, para que lado pende a balança. Provavelmente tenho a razão num lado, e o impulso/emoções no outro. Qual é qual, é que não sei.

Por tudo isto, decidi, que seja qual for a decisão da Direção, será também a minha decisão. Eu não quero é medo. Seja qual for a decisão, tem de partir de dentro para fora, e não de fora para dentro. O Benfica não se pode orientar pelo medo. Essa nunca foi a nossa premissa, e não poderá nunca ser. Mas a verdade é que o tem sido, e isso ajuda a explicar muito do nosso insucesso. Se Vieira e seus pares, continuam convictos, que Jesus é o Homem certo para o segundo cargo mais importante do mundo, o primeiro é ser presidente, então força, renovem. Mas medo não. Não renovem com medo que vá para o Porto. Não aceito isso. Se for para o Porto, eu sei que vai ganhar, e que vai ganhar anos seguidos, e consequentemente, iremos nós perder. Mas ao menos seremos dignos vencidos. Não nos curvaremos perante os caprichos de Pinto da Costa, e isso, bem, isso é ser Benfica. O medo não nos pode guiar nesta estrada. Quando um grupo de rapazes, com Cosme Damião à cabeça, decidiu fazer frente a uma aristocracia reinante em determinado grupo, certamente não o fizeram por medo. Foi coragem. É apenas isso que exijo ao Benfica. A continuidade dos valores que nos fundaram.



2 comentários:

Alberto disse...

Concordo, no inicio da temporada achava que o Benfica não ia ter hipóteses nenhumas no campeonato, e o Jesus trabalhou a equipa de uma forma que não julguei possível. Tem mérito, mas também tem muitos defeitos, e assim como tu não consigo decidir o que será melhor nesta altura.

Se o Jesus for para o Porto e continuar a ganhar não faz mais do que qualquer treinador deles não tenha feito nos últimos tempos. Espero que a decisão não seja tomada com isso em mente.

hazinheira disse...

Premiaram os responsáveis pelo pesadelo/desastre/escândalo com a possibilidafe de na próxima época nos oferecerem mais do mesmo: uma mão cheia de nada!
Pensei que fossemos o "ManUnited" de Portugal, infelizmente decidimos ser apenas "Arsenal"...